28.4.08

ressaca de mim

“O que não se sabe pensar, se vê!”
Clarice Lispector



...olhava o mar com olhos de ignorante. Olhar que não enxerga além de seus palmos o que está sendo visto em processo de seu campo de visão. Limitadamente não-humano. Olhar de cão. Que vê. Não entendendo, não entender é preciso. Não pensar é de extrema necessidade. Ver sim. Olhos cegos surdos mudos. Mas verdes. Rebentando junto às ondas lá embaixo. Parado no pico de uma pedra verde de limo. Lá do alto a possibilidade de um escorregão direto ao infinito. Às ondas verdes, qual o meu olhar, rebentando lá embaixo.
É assim que gosto do mar, de ressaca. A espuma que branca borbulhante levanta o odor da maresia que me enche todos os poros, que me entope de prazer, torpor louco a que me entrego todo taça recebendo o líquido champanha cristalino. Braços abertos na brisa fria que me leva pra longe bem longe dali, enquanto a chuva me despoja de mim mesmo, minhas roupas encharcadas de que não mais preciso. Só do mar: necessito de sua energia na noite tempestuosa como um feto necessita do líquido vital de sua mãe. Filho do mar, isso é quem sou. Isso: quem: eu. Minha identidade é marinha. Meu signo aquário. Ascendente em peixes que nadam na torrente esverdeada que corre por meus olhos adentro até o fundo de meu espírito e que depois, cachoeira, re-sobem no fluxo de minha consciência até meus dedos dos pés e mãos e olhos e cabelos extremos todos pra fora de mim. O que está fora de mim está dentro de mim. E vice-versa. Porque sou da natureza e tudo o que me chega dela na verdade sou eu mesmo. Então não me procuro mais, pois sempre me teria achado se, quando perdido, houvesse tido a idéia de me reconhecer nas coisas que outrem que portanto eu. Não me reconhecia antes porque não me via. Me idealizava. Idealizar-se é projetar-se. E todo “projetar-se” é falso pra sempre. Não. “Ver-se”. Isso. É isso o que falta. Faltava. Pois em mim já me vi. Não preciso de reconhecimentos. Tenho dois olhos que ignoram, verdes, a minha própria razão, anulando-a. Precisar de um pensamento, não o preciso, a não ser muito pouco: tenho também um terceiro olho num ponto imaginário que transcende a si próprio e a mim junto a ele, indo-me exatamente na direção contrária de todo sentido.
O mar, a chuva, a brisa fria, a pedra cheia de limo e eu, todos ondas e espumas rebentando lá embaixo, misturando-nos uns aos outros congelados como lâminas finas e escorregadias e afiadas. Cortamos a realidade em duas três quatro cinco dez cem mil milhões bilhões e sem-número de vezes e maneiras, dividindo seus significados e símbolos chegando a somente um único signo:
...na ressaca de mim percebi que sem roupa a praia brotava nua de areias e brilhos da lua que cheia lhe tirava dos braços o mar que nascia em ondas como recém-nascido que chora pelo barulho da rolha do champanha estourando de bolhas e espumas cristalinas petrificadas de limo que escorrega ao infinito na lufada da brisa que sem pé nem mãos nem cabelos escorre no refluxo de uma cachoeira que nasce da estrela cadente que caiu em pranto que se misturando às ilusões projetou de si mesmo um espelho quebrado em sete anos de azar do terceiro olho que a isso transcendeu às suas vistas a visão que via embaçada pelo rodopio louco de uma voz de pássaro sem asas porque voa pra dentro de si e de fora havia rouquidão até recomeçar mais alto sem alcançar aquele ponto inimaginalmente imaginável desaparecido numa aparição de sua própria vontade que sem ser vista não existia porque pensada porém de tudo isso restaram os restos daquilo que não dito ouvido ou visto e que permanece berrando em silêncio pra não incomodar o incômodo de alguma vez ter dado chance de expressão a algo inexplicável que inexorável não se explica não se sente não se sabe não a não ser pelo trecho que pego pela metade se revela pedaço inteiro porque todo pedaço inteiro é tudo mas que não é nada por falta de espaço que nessa noite não se acaba por medo do sucesso de recomeçar mas sem medo de existir verde e de ressaca de si...
E foi quando senti as algemas frias se fecharem num clique às minhas costas. Pessoas outras aglomeradas na calçada da praia de Copacabana, umas rindo, umas a chorar, umas a gritar, umas a jogar pedras, umas. As pessoas sempre umas enquanto eu nenhuma. Não entenderam não-entender. Procuram razão nas coisas, projetando-as. Sombras do próprio reflexo que são. Eu não. Sou mesmo o não. Mas verde. Iluminando de esperança a viatura de sirenes vermelhas e os homens de farda cinza e as pessoas outras e umas de branco azul amarelo vermelho laranja roxo anil rosa e todas mais, vendo em cada indivíduo todos os indivíduos e tudo e nada que há, através daquele signo que em vão tentei ver em completude, porque não se capta nem mesmo pela ignorância de não-saber, reconhecido somente num trecho entre reticências e sem possibilidade de nexo: o signo. O signo que é a natureza, a praia, o mar, as ondas, a chuva, a brisa, a noite, a estrela cadente, a pedra, o limo, as roupas, eu, as pessoas, os homens de farda cinza, a algema, a viatura, as sirenes, as cores... O Infinito. Não estou louco. Estou de ressaca de mim...


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...quando a gente acha que tudo tá perdido, um broto de esperança surge à beira da sacada, segura a nossa mão, enxuga as nossas lágrimas e jura todas aquelas falsas promessas em que tanto queríamos acreditar...

- música do post: "o bêbado e o equilibrista", Elis Regina

15.4.08

fake

...sim, eu sou tão falso quanto uma nota de cinqüenta com a tua cara-de-pau estampada na frente. Sim, sou tão mentiroso que nada do que eu digo é digno da atenção de um cão sarnento. Sou tão ruim que não mereço nem mesmo a morte e tão desprezível que cuspo no prato que como. Sim, sou tudo isso e talvez muito mais. Sou assim do jeitinho que você me quis, da maneira como me criou, ajustado pros modos que você mesmo inventou. Agora é tarde demais, meu caro: leite derramado não volta pro gargalo sujo em que tua boca me bebeu até se encher, até que eu me azedasse no chão frio em que você me deixou. Me cobra explicações? Pois são essas aí. E os combinados que foram rompidos? e tudo aquilo que já foi dito? esquece, vai... nada mais artificial que as tuas mensagens no meu celular e que, por alguma esquizofrenia minha, nunca apaguei. Talvez seja mesmo algum distúrbio, masoquismo. Comigo sempre funcionou esse negócio de auto-flagelo. Basta ver as marcas no meu braço desde aquela vez que eu te deixei por tua causa. Até hoje as cicatrizes doem, feridas que abri porque não me agüentava mais sem você. E é isso o que tenho em troca? Todas essas acusações, injustiças, paranóias? Realmente fui um tolo ao acreditar que podia confiar em você. Fui idiota ao achar que, por algum momento, você de fato se importou. Comigo, sei que não. Com você durante todo o tempo. Espero que tenham sido ótimos os nossos carinhos, as trepadas que te dei - as melhores da tua vida, tenho certeza, pela tua cara via, pelos teus urros sentia, antes mesmo de você me dizer. Me arrependo do dia em que fiquei de joelhos te pedindo perdão, das incontáveis vezes em que me humilhei pela tua atenção, um olhar, um sorriso, um quase-nada que fosse. E ficava feliz. Ficava agradecido pela esmola como aquele mendigo que no metrô me pediu cinqüenta centavos pra tomar um café. Não dei. Por culpa tua. Hoje desconfio de tudo e todos. Fico com os dois pés atrás e mais os braços em posição de luta, revide. Quero que você saiba que esse recado é tão fake quanto o que a gente acha que tem um com o outro. No mínimo é palhaçada, piada de mal-gosto. Sem graça. Quando você me pergunta quem eu sou, é isso o que você quer saber? bom, é isso mesmo, honey: sou teu bonequinho de luxo, teu anjinho dos olhos verdes, teu bibelô de porcelana. É, aquele mesmo que você um dia comprou com presentes caros e palavras de almanaque. Tuas juras me saem tão baratas quanto aquelas do papel do bombom que comemos juntos uma vez, rindo até não poder mais. Mas, quer saber, eu não achei graça nenhuma. Puro fingimento. Aliás, você não sabe quantas vezes fingi gozar contigo. E foram muitas, querido... você não manja assim da coisa como pensa. Sei de gente que faz muuuito melhor - e por mais tempo. Porque foi assim que você me quis. Desde sempre. Desde o início você se acomodou por eu me acomodar por nós dois. Já que eu exijo minha alforria, você se desespera, joga na minha cara toda a merda que tava presa no ventilador. No fundo no fundo sei que não dá mais pra continuar, porém não sou eu quem vai tomar essa decisão pela enésima vez. Vê se cresce, aparece e vira homem de uma vez por todas, porra! Toma uma atitude, me xinga de verdade, me soca, me chuta, me agride pra valer, me faz sangrar, bate com a minha cabeça na quina da porta do teu armário, me mata. Tudo, tudo mesmo, menos essa tua apatia com que eu tenho de conviver há tanto tempo. Cansei. É a rebeldia da máquina. Daquele que até ontem era o teu robô de estimação, o bichinho de pelúcia que você usava toda noite pra dormir, as tuas fantasias que sempre realizei, disposto às maiores nojeiras só porque você gostava. Não eu. Não sou mais o teu sonho, quero virar teu pior pesadelo. Me tira do teu porta-retrato porque não sou mais o modelo pra mamãezinha alguma. Não me mostre a mais ninguém. Saí da jaula do teu zoológico, não admito que apontem mais os dedos em riste pra mim. No entanto, continuo à vontade pra sorrir em troca da troca de tudo aquilo que já te dei. Como disse, não presto. Era isso que você queria saber? então tá sabido. E pronto, vê se me deixa em paz...

- música do post: "cotidiano de um casal feliz", Jay Vaquer

10.4.08

aquele homem

...ali pelo início das tardes de sábado é que o espetáculo começava. Depois de pôr o avental encardido de anos de labuta e estalar todos os dedos da mão, dedos nodosos e respeitados em toda a vila, depois disso faltava apenas ajeitar os longos fios de um cabelo negro anunciando sua futura partida em entradas já definidas.
No entanto, era moço ainda, o que lhe dava status até maior pelos seus feitos. Não, ele não era uma espécie de lutador ou coisa do tipo, pois, quando se trata de um, obviamente se pensa em seu adversário. Nesse específico caso, o desse moço com entradas já nítidas em seu couro cabeludo tomado de caspa, ele não tinha adversários. Sua profissão: assassino de galinhas.
Muito requisitado naquela tarde, apressava-se para cumprir o seu último compromisso do dia. Havia um último animal a aniquilar, havia o almoço de sábado cacarejando no quintal da mulher do padre. Então foi.
O ar pesava em suas narinas, o que transmitia a seus passos um certo ar de autoridade. Temido pelas crianças, cujos pais de cabeça quente lhes prometiam o mesmo destino reservado às pobres penosas, era também respeitado pelos homens da vila, pois que aquele outro ser dotado de testosterona ativa aliviava o fardo da masculinidade que tinham de carregar. O ato abjeto mas necessário de matar por sobrevivência, pressuposto da lei do mais forte, era desse modo não só transformado em ofício como regulamentado – era de direito. E também porque nem todos os homens eram de fato homens para tal função.
De todo jeito, frente a frente à sua vítima, o bico amarelo do animal encontrou a face parda do homem. Não acontecera como das outras vezes. Aquela galinha era diferente das outras. E ele notara. Em geral todas o temiam desde o momento em que cravava seus olhos de gavião em sua plumagem delicada, rasgando a tenra carne e manchando-as com seu próprio sangue. Mas aquela galinha não quis ser maculada, pior, não dava a menor importância ao fato de que seria, ainda virgem, sacrificada. O ritual era antigo, apesar de ela não ter consciência disso. As galinhas não têm consciência, daí não pecarem. Mas era assim que tinha de ser. De qualquer maneira, saiu ciscando pelo terreno sem dar atenção maior ao homem, cujos olhos ficaram vesgos por um instante. Teriam aquelas duas lâminas perdido o fio de corte? Não, foi algo muito mais profundo.
De alguma maneira foi transmitido ao homem o fato essencial de que nunca havia se dado conta. A inocência daquela galinha engolindo milhos de uma tigela de plástico, enquanto olhava à sua volta o nada e a desesperança e a crueza de sua vida animal, isso tocou fundo no homem como nenhum carinho de mulher antes havia tocado. A fêmea conformada com seu destino levou o homem à compreensão de: de que havia, ainda, compaixão nesse mundo. Que ele a perdoasse por nascer galinha, era o que pedia, mesmo que não houvesse pedido coisa alguma. O homem entendeu a mensagem – e mais: o homem apaixonou-se pela galinha. Não pelo animal em si, e sim por sua não-deliberada inocência. Talvez fosse apenas a latência de sua irracionalidade manifestando-se de forma mais exterior de si mesma. Talvez fosse que o homem já não suportava mais a realidade de tão indecorosa tarefa, por que cada um não lida com o que é seu? Sentiu-se de repente responsável pela refeição e subsistência de todos na vila. Pela existência e manutenção de todos, esse era o seu papel. E é doloroso ser responsável pela dependência alheia. E estava apaixonado. Não podia negar. A inocência e compaixão da galinha o invadiram de vez. Não poderia. Não conseguiria. Nunca mais. Quem sabe mudar de cidade, conhecer alguém, casar, ter filhos, ser feliz? Um grotão abriu-se naquele rosto duro. Era um sorriso. A possibilidade eterna da mudança.
E a galinha a poucos metros. O símbolo de sua nova existência, da mudança definitiva de direção que daria em sua vida. Estava na hora, sentia o momento. Excitado, sentia o suor correndo em suas veias e em seu corpo todo. Queria agradecê-la. Mas como se agradece a uma galinha? Se falasse ela não entenderia. E mesmo que entendesse, ele era homem de modos rudes demais, poderia ser mal-interpretado. Talvez lhe desse um beijo e, já que a galinha não tinha rosto, ali mesmo, em cada um dos lados do bico. Talvez no próprio bico. Não, que o homem não era dado a esses gestos, era oco de carinhos.
Distraída, a galinha nem notou quando o homem a pegou nos braços fortes e torceu sem dó seu pescoço. Surpresa, também não teve tempo de gritar sua decepção. A fragilidade de sua inocência desapareceu num gesto cotidiano. O homem espantou-se com sua atitude. Matar a galinha foi seu jeito óbvio e automático de negar a mudança dolorosa que se avizinhava doendo demais em seu espírito já resignado. Os dois sabiam disso, mas apenas por dentro deles mesmos. A revelação do ato é que os pegou a ambos desprevenidos. O almoço de sábado seria servido. Em ponto.
Jamais aquele homem deixou de assassinar galinhas. Jamais aquele homem foi feliz. A compaixão, assim como a inocência, não brota em solo calejado. Morreu seco. E só...

para Clarice e Caio, que tanto gostavam delas...

- música do post: "a via láctea", Legião Urbana

4.4.08

se se se...

...antes do post, cabe talvez uma explicação: hoje eu reservei espaço aqui no blog pra uma espécie de meme. Digo isso porque não é propriamente um daqueles memes comuns, e sim algo que me chamou bastante atenção e que vi, pela primeira vez, lá no "Dominus", cantinho da minha querida amiga Cris. Sei que agora nem é mais novidade. Não importa, fiz - e publico-o - mesmo assim... Talvez, sei lá, talvez pra que quem lê o que eu escrevo aqui tenha a oportunidade de "me" ler um pouquinho também dessa vez... então, enjoy (eu acho rs)...

Se eu fosse um mês seria... Janeiro
Se eu fosse um dia da semana seria... Sábado
Se eu fosse um número seria... 7
Se eu fosse um planeta seria... Vênus
Se eu fosse uma direção seria... adiante
Se eu fosse um automóvel seria... um Lamborghini Diablo GTR
Se eu fosse um liquido seria... Smirnoff ice
Se eu fosse um pecado seria... Gula
Se eu fosse uma pedra seria... Esmeralda
Se eu fosse um metal seria... Titânio
Se eu fosse uma árvore seria... um coqueiro
Se eu fosse uma fruta seria... Kiwi
Se eu fosse uma flor seria... Girassol
Se eu fosse um clima seria... Temperado
Se eu fosse um instrumento musical seria... um piano
Se eu fosse um elemento seria... Água
Se eu fosse uma cor seria... Verde
Se eu fosse um animal seria um... Golfinho
Se eu fosse um som seria... o choro
Se eu fosse uma canção seria... “O quereres”
Se eu fosse um perfume seria... Givenchy
Se eu fosse um sentimento seria… a perplexidade
Se eu fosse um livro seria… “O pequeno príncipe”
Se eu fosse uma comida seria… uma torta holandesa
Se eu fosse um lugar seria... o Atol das Rocas
Se eu fosse um gosto seria... o de limão
Se eu fosse um cheiro seria… o de terra molhada
Se eu fosse uma palavra seria… Esperança
Se eu fosse um verbo seria... Querer
Se eu fosse um objeto seria… um livro
Se eu fosse uma peça de roupa seria... um jeans
Se eu fosse uma parte do corpo seria… a boca
Se eu fosse uma expressão seria… de espanto
Se eu fosse um desenho animado seria… Bob Esponja
Se eu fosse um filme seria… "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"
Se eu fosse uma forma seria… uma reta
Se eu fosse uma estação seria… Primavera
Se eu fosse uma frase seria… “O que é mais importante, aquela incerteza desagradável e aquela confusão aflitiva, das quais você pensava ter se livrado graças à velocidade, se recusam a abandoná-lo...”

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...o Nando, lá do seu "A melhor novela de todos os tempos do último verão" (ufa!!!), resolveu premiar o inacreditável mundo de alex e! (ufa duplo rs!!!) com mais esse selinho super maneiro. Ele diz que "esse blog arrebenta" e eu agradeço MUITÍSSIMO, meu caro!!! É sinal de que ando fazendo algo que preste por esse mundo aqui né... rs Valeu, abração!!!
...e os blogs "que arrebentam" indicados a receber o selinho são:
- "Dominus";
- "Pois já é hora de pôr recordações para fora";
- "-Deixa eu brincar de ser feliz?" ...beijões!!!

...mais presentes, dessa vez da Gisele, lá do seu "Pois já é hora de pôr recordações para fora", que afirma ser esse mundo aqui um "blog recomendado"... Será??? bom, se ela diz, eu confio né... rs Muito obrigado, querida, mesmo!!!

...os blogs "recomendados" a receberem esse selinho são:

- "Relatos de uma guerra pessoal";

- "É só saudade...";

- "Através do meu espelho" ...beijões!!!

...outro presentinho vem lá de Goiânia, dado ao mundo pela querida Erica, através do seu "Crazy feelings" (a propósito, adoooro o título desse blog...). Ela diz que sou um dos "blogueiros que sabem comentar". Bom, assim vou acabar acreditando né, porque a Jaya já me disse a mesma coisa. Enfim, como nunca seria capaz de recusar um presente, aceito de novo esse selinho. E fico muito agradecido, viu, querida!!!
...bom, acho que esse selinho já teve indicações. Masssss, pra quem quiser, o presente tá dado de antemão, viu... Mais beijos a todos!!!

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...eu simplesmente não poderia deixar passar em branco uma data como a de hoje. Há exatamente 50 anos nascia um dos maiores ícones da MPB e figura marcante no imaginário pop de todos os brasileiros, e o nome dele, quer dizer, a sua marca que nos marca a ferro, fogo e palavras origâmicas trabalhadas com perfeição era (ou melhor, É): CAZUZA!!! ... A chuva lá fora, esse tempo nublado, esses nuvens pesadas parecem chorar a tua ausência, querido... Mas sei que cê tá aqui, conosco, pertinho, embalando-nos a cada momento com a tua voz, com tua arte eterna... "eu preciso dizer que te amo... tanto..."... Beijo, Caju. Te cuida, velho...

PS: eita post loooooongo... tô até sem fôlego...rs...

- música do post: "o mundo é um moinho", Cazuza