15.1.09

eu q aprenda a lvantar

“Se o amor correspondido já tem prazo de validade
determinado, o amor platônico tem prazo vencido”
Claudia Lage

...não, o título desse post não é apenas por causa da minissérie. Ultimamente já vinha pensando em Maysa e em como a sua história de vida esbarra na minha às vezes. Como as suas letras me falam coisas que há muito penso, e me respondem outras tantas de que gostaria muito de saber. Isso tudo me traz a sensação de que as pessoas vivem e morrem por um certo propósito, cumprindo determinadas missões aqui onde estamos. Não, não sou espírita ou mesmo sigo qualquer religião ou culto. Respeito a tudo e todos, suas crenças e/ou seus deuses. Não é isso. Mas tenho fé. Em quê? Não sei, sinceramente não sei. Porém, acho bom ter fé, crer que há alguma coisa além dos nossos sentidos, além da ciência, pralém das nossas expectativas e imaginações. Dá um conforto acreditar nessa força que nos envolve. Simplesmente acreditar, sem mais nem menos. Faz com que a gente se sinta menos só. Mesmo estando. Agora mesmo, olhando pela varanda, vejo a lua, cheia de si, meio dengosa apoiada em duas nuvens, como que se preparando para o seu show melancólico de hoje. Lua dos amantes. Lua dos poetas. Lua dos desesperados... Tantas funções, tantas inspirações. Por vezes penso que endeusamos demais esse simples satélite. Em outras, como agora, acho que tudo isso é necessário, em alguma medida. É bom nos iludirmos de vez em quando, pois impede que tal ilusão se transforme num motivo de vida. Tem gente que passa anos acorrentado a uma fantasia e se tortura feito Prometeu, voluntariamente. Eu desejo o ludibriar de um momento, apenas, momento que me faça realmente crer em algo longe das minhas vistas, em algo que me distraia os sentidos a ponto de me fazer acreditar que tudo não passou de um pesadelo, e que a tristeza possa ser somente um tema passageiro. Se meu mundo caiu...

- música do post: “o nosso amor a gente inventa”, Cazuza

2 comentários:

Filipe Garcia disse...

Oi Alex,

aqui eu parafraseio Clarice Lispector: "o jeito é acreditar. E acreditar chorando."

Abraço!

Andrea de Lima disse...

sabe, eu sigo mais ou menos essa sua linha de credor. não tenho nenhuma religião, apesar de me identificar com alguns pontos de algumas crenças, mas, no final das contas, nenhuma me tem por completo. o meu único problema atualmente é não conseguir "crer direito" nas coisas. sabe quando parece que falta algo que o prenda àquilo? é mais ou menos por aí. mas vamo que vamo, que o mundo não pára!