7.2.08

ato falho

...aparecem de vez em quando em nossas vidas aqueles momentos dignos de dizermos: oops! Massss, invariavelmente, é sempre muito tarde pra voltar atrás. Não que eu me arrependa (aliás não tenho me arrependido de nada nos últimos dias), só que as conseqüências logo logo aparecem pra tentar nos encher de culpa e remorso. Dou de ombro pra tudo isso. Aprendi que mesmo o impensado tem lá as suas compensações. Afinal de contas, atire a 1ª pedra quem nunca se deixou levar pelas circunstâncias... Bem, como ainda não recebi nenhuma pedrada, acho que o argumento foi bem convincente, não? Enfim, já levei sim muita pancada - e pedrada também, acreditem... - pra saber que o caminho de tijolos amarelos tem lá as suas armadilhas, e que muitas vezes é preciso ser esperto pra saber a hora exata de pegar um atalho (e isso é o que a vovozinha chama de ser "safo"...). Como até há bem pouco tempo eu era simplesmente um otário - ou loser, em denominações mais globalizadas -, qualquer coisa que me saísse fora das expectativas iniciais ou que - pior, ahhhh!!! - não estivesse dentro dos meus planos era um verdadeiro desastre, motivo de catastróficas torrentes depressivas e auto-destrutivas. E agora? ah, nada disso: comiseração pra mim é só mais uma palavrinha feia de dicionário que me lembra alguma doença de pele. Além de conviver bem comigo mesmo, lido muito melhor com os ditos "imprevistos", mesmo que estejam relacionados a sentimentos com os quais eu não queria mexer no momento. Bom, como não podemos escolher tudo nessa vida e jamais damos conta de organizar esse caos que nos rodeia (e vem cá, alguém ainda tenta?), um curto-circuito aconteceu dentro de mim e pronto: momento oops! a vista (e "à vista" também, pois, quando vi já tinha passado e ninguém anotou a placa...). É claro que não foi nada como naquela música da Britney (vem cá de novo, alguém ainda se lembra dessa fase, digamos, "normal" de Britney Spears? ah minha adolescência...), mas teve - e tem - um gostinho meio amargo. Não pelo que aconteceu, faço questão de frisar, porém recaídas amorosas causam sempre algum terremoto interno. Sei que tô mais controlado dessa vez, sei que não deveria ter acontecido e blábláblá... Eu sei isso tudo. Mas já que o leite não volta mais pra garrafa mesmo, o jeito é absorver esse ato falho e tentar tirar alguma coisa positiva disso. Foi bom? foi, não vou mentir... foi ótimo, até. Não sou mais criança, sei muito bem o que faço. Acontece que não é de uma hora pra outra que anos de história vão se apagar e tudo (re)começará do zero (e, falando sério, nem sei se quero que isso de fato aconteça...). O que é que eu quero então? Sei lá... só sei que não quero resolver nada agora. O peso da responsabilidade me pressiona contra a parede e eu grito assustado. Por isso prefiro deixá-la presa um pouquinho. Às vezes é bom curtir uns momentos de fossa intelectual. Não que isso me faça triste, deprimido ou qualquer coisa do tipo, não me interpretem mal. Apenas quero ficar um tiquinho comigo mesmo, usufruindo dos meus atos, mas sem ter de, por enquanto, decidir a vida de alguém. A vida a 2 é assim mesmo, não se enganem: toda decisão de 1 afeta o outro. Aliás, dizem até que quando 2 pessoas estão juntas forma-se um 3º - que seria a representação da união de um e outro. Eu acho esse papo muito filosófico e cabalístico pra mim. Acredito mais na teoria do ping-pong: quanto mais forte a porrada que cê der desse lado, mais forte virá a porrada do outro. Isso se a bolinha - oops! - não bater e ficar na rede. Os dois perdem? Não necessariamente, a menos que se queira decretar WO duplo. O vencedor será aquele que melhor administrar esses atos falhos e souber equilibrar a situação sem que ninguém saia prejudicado. Temos de aprender a lidar com as exceções à medida que aparecem, porém nunca as condenando pelas "desgraças" das nossas vidas, e muito menos tentando sistematizá-las em novas e infinitas loucas regras. Basta aceitar as coisas como elas são, sem fantasias, máscaras ou fingimentos do tipo "ai meu deus, mas eu sou sempre a vítimaaa!!!" (isso só cola em novela mexicana - e com muito choro e sombra preta toda borrada...). Pára com isso, ô. Há sempre um desvio na estrada, pois - salve Drummond! -, tem sempre uma maldita pedra no meio do caminho. Oops! quase tropecei, tá vendo...

- música do post: "negue", Ney Matogrosso

4 comentários:

Anônimo disse...

Ai, eu nem sei se eu entendi direito. Vc teve uma recaída com seu ex, é isso? E foi ó-te-mo ainda por cima?

Se for, sei bem o que é isso... =D

E assim, se vc pensava aos 15 como se tivesse 30, então quer dizer que vc tb continua pensando como se tivesse 15, né não? hehehehehe

Amanda Beatriz disse...

a gente sempre tropeça nessa pedra! e relacionamentos p/ mim se tornaram complexos demais para se viver no momento!
beijos!

Ana Paula Vieira disse...

ops, parece q agente vivenciou a mesma coisa nestes ultimos dias num eh?
ahahauhauha
eu tava na esperança d ter achada a pessoa certa e agora to na fossa d novo
ninguem merece
ahahauahuah
mas agente levanta, nd eh para sempre!
Besos
*.*

Marcel Luis disse...

eu planejo um dia chegar nesse nível ae...