3.2.08

d ond menos se espera

...tá legal, eu sei que hoje é domingo de carnaval. Massss, como eu não curto muito (na verdade, nem um pouco) esse tipo de folia, eu tô aqui sim - e postando -, talvez pras paredes. Enfim, tenho motivos de sobra pra isso. Por quê? porque finalmente apareceu algo (leia-se "alguém"...) que me fizesse ver realmente que ainda vale a pena investir em romances, encontros, suspiros e coisas do gênero. Juro que não tava procurando nada nem ninguém (pelo menos não agora). Tava tranqüilo e poderia dizer até satisfeito em minha recém adquirida solteirice... porém... ah, porém, sem avisos ou qualquer outra coisa, surgiu uma pessoa na minha vida. E de onde eu menos esperaria que algo desse tipo acontecesse. O início nem foi tão promissor assim. Os primeiros contatos foram meio estranhos, secos, lacônicos - coisa de que não gosto, pois, como acho que já deu pra perceber, sou um alguém que fala (e escreve) um pouquinhozinho além da conta né. Nos falamos ao telefone (fui eu quem ligou, e confesso que meio sem vontade...) e... me surpreendi tão positivamente que fiquei meio abobado e sem assunto. EU, sem assunto! É, não era algo muito normal até então - e percebi que havia um quê especial naquela pessoa, tão diferente se mostrou. Fomos sinceros e honestos um com o outro logo de cara. Nada de joguinhos; colocamos as cartas na mesa sem medo - e acredito que ninguém blefou (eu pelo menos não). Sei lá, ando vacinado ultimamente, não caio mais em armadilha mal-feita. Tenho sentido cheiro de encrenca há quilômetros de distância... Não senti esse cheiro, e sim um perfume gostoso de jasmim, bom presságio, friozinho na barriga. Masss, mesmo assim, não quis alimentar falsas expectativas. Afinal de contas, combinamos, vinha o carnaval por aí, época de se divertir sem se preocupar muito com o amanhã. E talvez seja justamente esse o meu problema com essa tal festa: odeio perder o controle das coisas, não saber as conseqüências do que fiz (ou pelo menos tentar adivinhá-las). Bom, deixei claro que não ia pular em blocos nem nada disso, apesar do convite me ter sido feito. Ficou a promessa de nos falarmos depois de tudo, quando a fênix, símbolo máximo dessa alegria desmedida que toma conta das pessoas em fevereiro, recolhesse as suas asas e retornasse ao pó da quarta-feira de cinzas para apenas retornar no ano seguinte. Vai acontecer? o telefone vai tocar? Até lá não sei, e vou ter de esperar. Não estaria tão ansioso não fosse a surpresa que viria com a noite daquele mesmo dia. Dessa vez o telefone tocou, e eu fui inocentemente atender. Reconheci a voz desde o "alô"... Não entendendo, perguntei o porquê daquilo. A resposta? Foi assim, com aspas e tudo (porque não quero relatar com minha própria voz uma coisa tão boa, seria fazer com que perdesse grande parte do efeito): "ah, é que eu tava no ônibus e passei em frente à tua rua. Lembrei de você e resolvi te ligar, só pra confirmar que vou te ligar depois". Esse tipo de coisa me conquista. Como eu digo, não tô mais em busca de grandes felicidades, e sim me satisfazer com esses pequenos momentos mais preciosos do que pérolas, que guardo no coração como as guarda uma concha. Por isso a minha certa ansiedade de agora, por isso a indecisão que me bate no peito. Mas também penso que é melhor assim do que aquele vazio de antes. Claro que não tô apaixonado nem nada, longe disso, é só que a luzinha verde da esperança se acendeu. Meio tímida e tals, mas tá acesa. E eu tô feliz, sim senhor! Espero que o reinado de momo não condene essa minha ótima surpresa à guilhotina. Mais um conselho da vovozinha: comece a olhar mais pro céu, pois nunca se sabe quando algo - ou melhor, alguém... - está prestes a cair nos seus braços. De onde menos se espera, um cavalo branco aparece (e que só não seja de Tróia, pelo amor de deus...)...

- música do post: "canta, canta, minha gente", Simone

6 comentários:

Andrea de Lima disse...

cara, você é uma graça, haha! adoro seu jeito todo despojado de escrever!

e concordo até o talo com isso: "não tô mais em busca de grandes felicidades". e já pensei muito sobre o assunto e várias vezes penso em escrever sobre ele. um dia, quem sabe, né?

até mais ler.

Marcel Luis disse...

é natural que essas coisas sempre apareçam quando menos esperamos, engraçado é que eu não espero há anos e nada disso acontece xP, mas eu to tranquilo... eu tava lembrando de algo para falar mas esqueci, enfim fica para uma proxima o/

Gisele Sanches disse...

nossa, nao sei se estou estranhamente sentimental hoje, mas senti uma coisa mto linda no seu post.
a luzinha verde da esperança tah acesa, né... mesmo q esteja fraquinha, é bom.
boa sorte com seus momentos de felicidades, pq no fim, é realmente o que vale.


:*

Jaya Magalhães disse...

Aaaaaaaaaaaaaaaaai, Alex! Nada de tróia, é o que parece. Tãaaaao fofo esse post! Teus post que às vezes parecem tão longos, às vezes me deixam boquiaberta com a rapidez com que termino de lê-los. Fica parecendo que foi apenas uma frase. Você escreve como poucos, viu?

E bom, depois da ligação super fofa, acho que dá pra ansiedade diminuir um pouco, você não acha?

Ah, eu acho!
Um beijo.

-E pronto, nada de paredes. Estamos aqui te lendo.

Ana Paula Vieira disse...

nossa, entaum parece q ascendemos as nossas luzinhas da esperança ao mesmo tempo
ahuahuahauh
o amor sempre vem de onde agente menos espera!
eh sempre assim
ahhhhhhhh eu to felizzzzzzzzz!
e vc continue assim!
Bjs
*.*

Stella disse...

Realmente, love is in the air!:)
Andava esperando por este seu post, sabia, senhor Alex? Tinha certeza de que não tardaria para que ele "acontecesse" trazendo novas e boas notícias. E eu espero que tudo dê certo. Acho que o maior problema é que quando gostamos de amar, sempre atraímos o amor para nós. Por isso, quando menos se espera, ele aparece..."d ond menos se espera"!

Torço para que tudo dê certo e que este verão traga dias ensolarados convidativos a passeios a dois e inspiradoras e românticas noites de lua cheia!

Um abração, Alex!