4.1.08

eu vejo o futuro repetir o passado...

...tinha pensado em escrever sobre outra coisa hoje. Não, nem vale a pena dizer o que era... Mas aí comecei a reler os posts que já pus aqui e notei algo espantoso: 99,9% deles são hiper pessimistas, desolados, depressivos, melancólicos, etc e tal (e, considerando-se ser esse o 10º post, vejam a que conclusão bombástica cheguei). Não, também não quero dizer com isso que vou me suicidar ou qualquer outra coisa melodramática do gênero. Deixo essas soluções e peripécias escandalosas para as vilãs das novelas mexicanas que passam à tarde no SBT - as quais invariavelmente acompanho por uma simples falta do que fazer (e também pra rir um tanto né...). Bom, sei que tô sendo prolixo, mas a coisa toda é que não sei bem o que fazer. Parece que todo dia é o mesmo dia, e que até o que eu escrevo é idêntico ao que escrevi no dia anterior. Talvez isso seja mesmo verdade... porém não quero mais! Como sou péssimo pra me organizar por listas, pedi a um amigo meu que fizesse isso por mim. Eis o resultado: três semanas cheias de compromissos, de lugares a ir, de pessoas a visitar, de boates, festas e diversão. Tudo bem que o "cheias" foi mais um recurso hiperbólico do que reflexo da realidade. Não me importa. Li um comentário ("um" não, "o", pois é o único, por sinal...) do meu post anterior em que disseram algo como ser bom não assistirmos ao final dos filmes, e que o melhor é imaginar um nós mesmos, assim como para as nossas vidas. Nunca parei pra pensar nisso, mas não é que concordo? é, é verdade. Talvez eu esteja tão atado a uma realidade absurda - e à qual eu próprio me acorrentei - que esqueci de inventar um pouco, de sonhar, de apenas imaginar. E digo "apenas" não por ser algo menor, e sim por ser mais simples, mais light, diet, leve... Entupi os meus dias com o colesterol do tédio justamente porque (voluntariamente?) me esqueci de que por mais que nos cobrem (e às vezes nós muito mais que os outros...), é possível dar um tempo, dar uma ou duas boas gargalhadas por dia, pegar um cineminha - mesmo sozinho, não faz mal -, andar sem rumo por Botafogo, pela orla ou até pelo centro da cidade, olhando o mundo, observando a vida que pulsa fora de mim - de nós mesmos. Não me custa nada, não NOS custa nada. A não ser talvez um pouquinhozinho de força de vontade (e também um tiquinho de coragem). Pra quê? pra dar a cara a tapas, pra parar de resmungar por algum tempo (porque até isso às vezes é importante), choramingar à toa e não reclamar de um futuro que repisa, repete e regurgita o passado. Quem sabe há mesmo um pote de ouro no final do arco-íris... Eu quero acreditar nisso. Você não?...

- música do post: "somewhere over the rainbow/what a wonderful world", Norah Jones

5 comentários:

Amanda Beatriz disse...

pois é... não dá p/ ficar reclamando a vida toda! chega uma hora que a gente precisa pensar mais positivamente, mesmo que o mundo esteja uma merda e nada faça sentido. talvez não deva fazer mesmo!
obrigada pela visita ao chá! já está linkado lá! lhe visitarei sempre!
beijos!

Stella disse...

Oi, Alex, que bom que o texto mexeu com você. A idéia era essa mesma: que um poema, um simples poema fosse capaz de fazer as pessoas refletirem, capaz de causar espanto mas conscientização às pessoas.

E quanto ao pote no fim do arco-íris do seu texto, ele existe, mas é preciso persistência para encontrá-lo e merecê-lo. Mas pelo que li até agora, você a tem; só precisa usá-la para mudar tudo o que quiser.

Um abraço e parabéns novamente pelo blog. É um espaço irado e bem feito!

Teresa disse...

bom, é meio raro eu escrever um post com ligação com o post anterior, mas existem posts que necessitam de uma continuação...
e idéias que necessitam ser complementadas....
já as minhas idéias, eu repito sempre hehehe cada um tem um jeito particular de escrever e o legal dos blogs é isso.
acho que o mundo seria mil vezes melhor se todos tivessem um blog.

=*

Jaya Magalhães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jaya Magalhães disse...

Oi Alex,

Vim correndo visitar teu blog pra agradecer a visita no "Deixa eu brincar de ser Feliz?" e no "Chá das Cinco". Obrigada, viu?

E boooom, eu gostei do teu texto meiodesabafo-meiosolução. Rs.

Por que não parar pra rir com as novelas mexicanas? Por que não dar uma chance ao bom humor? Só assim pra ficar mais fácil amenizar tudo e correr pra encontrar o pote de ouro ao final do arco-íris. Aliás, esse é o nome de um cd de Nando Reis que eu adoro! :)

Ah! Te espero no blog, mas não apenas nas noites insones. Rs.

Fique a vontade para aparecer, pois farei o mesmo por aqui.

Um abraço!
:)