16.1.08

d propósito

...quando bolei o título desse blog, nunca imaginei que seria tão condizente ao que representa hoje em dia: realmente o meu mundo - ou mundos, seria melhor dizer... - é/são inacreditável(veis). Tudo me aconteceu do último mês pra cá. Foram reviravoltas inesperadas, sentimentos contraditórios, decepções inexplicáveis, rumos tenebrosos e (re)encontros malfadados, entre outras coisas estranhíssimas. Fosse eu supersticioso me desfaria de tudo no momento que me desse conta disso; cancelaria esses trechos cibernéticos (mais que recentes) da minha vida e..... e tudo voltaria ao normal, certo? Não, claro que não. Sem esse espaço, com que venho aprendendo a me compartilhar, extravasar e mesmo expurgar vez a vez, nunca teria conhecido as pessoas maravilhosas que conheci - e também seus extraordinários espaços (pedacinhos delas a que igualmente tenho acesso), suas palavras de apoio, compreensão, força e carinho. E, como a angústia tem me apertado ultimamante, tudo isso se converte em energia positiva que vibra em mim e me faz (ainda) acreditar. Em quê? Nem sei bem ao certo, mas pelo menos que a luz no fim do túnel é verde e cheia de esperança. Por isso decidi que não vou mais me deixar levar pela depressão ou pelo eterno drama, meus companheiros de costume. Chega. Tá na hora de mudar de ares - e de companhia. Hoje mesmo firmei novos propósitos comigo, tomei sérias decisões em relação à minha vida. A partir de amanhã as coisas tomarão os novos rumos - que não sei aonde vão dar, se direito ou esquerdo, mas é melhor que ficar parado, né, sem fazer nada pra me ajudar. Não que eu não tenha recebido ajuda, pois tenho sim. Mas chega uma hora que se a gente mesmo não se motivar, nada mais nos tira do atoleiro e nos resgata das trevas. Ando de mal com o "amor" - e não sei quando faremos as pazes... quero me entender de novo contigo, só que ainda tô muito machucado. Um dia voltamos a conversar, tá bom? não guardo tanto rancor assim, e nem por muito tempo. Não consigo. Sou naturalmente dócil, o que não quer dizer "domesticável" ou "alienável" (não, nunca mais... sofro na pele os efeitos malignos disso). Também não quero falar dessas coisas agora, coisas ruins que são; não preciso alimentar essa fogueira que já me rodeia. Coragem. Muita coragem é do que vou precisar pra empreender esses meus novos caminhos. Minhas decisões são delicadas, de difícil e imprevisível resolução; meus propósitos são claros, porém de inimagináveis reações. Tô trabalhando com fórmulas perigosas, alquímicas. E tô com medo, um grande medo de tudo explodir, ir pelos ares... Mas sei lá, quem sabe talvez isso seja melhor, pelo menos melhor do que me esconder como pensei fazer no início. A mistura tá aí; os dados estão nas minhas mãos, prontos pro jogo. É pagar pra ver. E de propósito, buscando o sol como o busca um girassol necessitado de sua luz. Verde, é claro... Mando notícias - do farol; ou do naufrágio...

- música do post: "a felicidade", Gal Costa

5 comentários:

Amanda Beatriz disse...

vc não tem noção de como eu fico feliz ao ler isso!
cuide-se!
beijos!

Stella disse...

Nossa, Alex, eu sou fãzona de faróis! Todo mundo morre de rir quando digo que amo livros, ratinhos famosos e faróis. Acham que sou maluca. Mas se alguém pode mandar notícias de lá, do farol, como você (mesmo que metaforicamente falando), é porque é um lugar especial para se encontrar e recomeçar a viver.

Bom, chega de falar maluquices, quero te agradecer, mais uma vez, pelas belas palavras sobre minha pessoa mo seu outro post e dizer que postei o final do meu continho lá no Dominus. Passe lá para ver, tá?

Um abração e bola pra frente! Daqui em diante, eu espero, seu caminho é só para cima!

Tchau!

Jaya Magalhães disse...

"Tristeza não tem fim
Felicidade sim..."

Primeiro, deixa eu começar falando do teu gosto musical. Eu simplesmente fico boquiaberta de ver o quanto você respira MPB. É difícil encontrar pessoas que apreciam a boa música brasileira, e notar que teu gosto é parecido com o meu é tão bom! :)

Gal cantando Vinicius e Tom, é impossível não fechar os olhos ao ouvir, é impossível não SENTIR. Dessa letra, "A Felicidade", tenho um chamego por esse trecho em especial:

"A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar."

Então, Alex, espero que a partir de agora vente bastante por aí. Que tudo se encaixe, que as coisas se firmem, que o sorriso brote, e que a brisa se faça eterna, pra não deixar a pluma (felicidade) parar de voar.

Um beijo.
:*

P.S.: Fique a vontade pra pegar o que quiser lá no blog. :)

Teresa disse...

olha, isso mesmo

a vida é linda e os caminhos são vários
escolhe o melhor e pronto

ah, e mande notícias... do farol, pelamordedeus

=*

Stella disse...

Nossa, agora vou morrer de vergonha de colocar meu nome no final dos textos. :) Em geral, eu não coloco porque acho pessoal demais, mas não resisti com este conto que postei. Bom, é um prazer me reapresentar: Meu nome é Cristiane mas se quiser pode me chamar de Cris, tá?

Um abraço, Alex!

P.S.: E nada de bater cabeça em nenhum lugar, hein? Não gosto de violência nem de brincadeira. :)