12.1.08

pleased to meet you, hope you guess my name...

...tá legal, eu sei que o amor é um tema mais do que pisado e repisado na história da nossa sociedade judaico-cristã-ocidental (e na de todas as outras possíveis e imagináveis, sem dúvida alguma, pra dizer a verdade). Então já vou logo avisando que esse post de hoje é mais do que um comentário ou uma breve explanação sobre o tal famigerado "amor". É, antes que tudo, um aviso. Mais até, um alerta: digam NÃO ao amor! Firme, aos berros, ao desespero de perder a voz pra nunca mais, pois isso (o tal "amor"...) não nos leva a lugar algum - peraê, leva sim... à plena desgraça, como aconteceu comigo. Ao amar alguém - amar de verdade, loucamente, incondicionalmente, intempestivamente - a gente fica cego mesmo (olha o lugar-comum da vovozinha...), pára de prestar atenção às coisas ao redor, não se cuida como deveria, torna-se irresponsável consigo mesmo - achando que, por isso, está "se doando" completamente ao outro -, sem saber, muitas vezes (como eu não sabia...) que isso é pura balela, estorinha pra boi dormir e vaca tossir... Esquecemos que os outros têm passado e estorinhas também e, o principal!, quase sempre escondem isso da gente. De propósito, por pura maldade, crueldade ou sadismo? Não, quase nunca. Escondem porque são gente como a gente, seres humanos que morrem de medo de mostrar as suas falhas, as suas fraquezas, os seus segredos mais escondidos (e que às vezes, de tão escondidos, eles mesmos "esquecem"...). Enfim, NÓS também fazemos isso. O mesmo. I-gual-zi-nho. Sem tirar nem pôr, vamos lá e dirfarçamos uma coisa, mascaramos outra, maquiamos aquela ali, colocamos uma pá de cal sobre a perninha dessa aqui que teima em aparecer... Ocultamos verdades, semeamos mentiras (mentirinhas, pequenininhas, que julgamos não fazer mal a uma baratinha...). NÓS, em caps lock, os donos da razão, certo? Errado, completamente errado. Também temos a nossa parcela de culpa - mea culpa, mea maxima culpa! Não, eu não disse toda, apenas parte. E talvez nem seja "culpa", e sim responsabilidade. Fui tão responsável quanto o "outro" pelo que aconteceu... bom, nem tanto... EU não sabia da missa o terço. Porém, mesmo assim, me descuidei, me desprotegi, pus o "amor" acima de tudo (é tão bom estar apaixonado não?). Não, pois foi assim que me enterrei, foi assim que um dos meus pés entrou na cova. Dramático? Sim, sei que estou sendo dramático... Mas a minha vida virou um dramalhão dos piores, de pernas pro ar. Nem novela mexicana faria melhor (pior...). Me sinto traído, profundamente apunhalado pelas costas. E nada mais posso fazer pra mudar isso. Tento me conformar, mas é difícil. Perdi toda fé (e cega!) que tinha no "amor", na "paixão" e em todas essas outras coisas que teimamos em bradar pelos quatro ventos como se fossem as mais importantes, as mais infalíveis, as mais compensadoras. Eu digo a vocês, agora: nada disso é tão importante, tudo isso falha e, no final das contas (das minhas, pelo menos) não compensam. Por isso as aspas, eternas pra mim quando falar daquilo que antes me era essencial ("amor", "paixão", "companheirismo", "fidelidade", etc e tals), e também por isso eu digo que nada, mas nada mesmo, paga o preço de uma vida (no caso a minha, claro). Amem sim, sejam companheiros sim, fiéis e apaixonados incondicionalmente sim... mas por vocês mesmos em primeiríssimo lugar. Sempre. Pois que nunca se sabe quando vamos nos deparar com o diabo em pessoa, oferecendo palavras doces, flores, chocolates e "amor", sem saber quando - e quanto! - teremos de pagar pelos nossos desejos, pelos nossos prazeres, por nossas almas capturadas. Eu aprendi a lição, só que um pouco tarde demais...

- música do post: "simpathy for the devil", Rolling Stones

5 comentários:

Amanda Beatriz disse...

ai que triste! concordo que esse tal de amor nos deixa idiotas e nos faz fazer coisas que não deveríamos, mas no final não acho tão ruim assim!
mas por enquanto, não quero saber disso p/ mim!
ah, disponha! eu sou assim, tenho mania de cuidar de todo mundo! mas se precisar pode chamar mesmo tá! sem rodeios!
beijos!

Teresa disse...

caramba!
mas a vida é assim. isso é necessário. doloroso, mas necessário. e sabe pq? pq se acontecer de novo, vc não vai sofrer tanto. se acontecer de novo, vc vai saber o que fazer. aliás, agora vc já deve saber o q fazer pra evitar q ACONTEÇA de novo.

boa sorte. e melhoras aí pra sua vida, meu Deus!!!!
=*

Stella disse...

Este é o terceiro blog pelo qual passo esta noite que fala de amor e da desilusão de amar. Uma coisa percebi em todos, e mais ainda no seu: cada post diz nas entrelinhas o quanto o amor é importante para quem postou as mensagens, e o quanto estas mesmas pessoas amam amar.

É uma pena que a desilusão venha. Mas nunca podemos ser capazes, Alex, de aprender a lidar com as pessoas se tudo sempre der certo.

E não desista de amar. Jamais! Conheci uma pessoa que disse a mesma coisa a mim uma vez. estava tão desiludido pelos enganos mentiras e peças que a vida pregara a seu coração que sequer conseguia sentir mais qualquer sentimento bom, quanto mais amar. Eu disse a ele o que digo a você agora: "Não desista de amar! Você nunca sabe o que surgirá na próxima esquina. Se tiver medo do que vai encontrar, não aproveitará o lado bom do que vier; se deixar-se levar com a consciência de que nada é perfeito e que somente será eterno enquanto durar, sofrerá menos e curtirá mais aquele momento que pintar".
Sim, foi isso que eu disse ele. E sabe o que aconteceu? Eu estava certa! Ele voltou amar; sem medo, sem reservas. Apenas porque ele ama o amor (como você). Assim, não adianta o quanto reclamamos, sempre falaremos de amor. E não é brega falar disso; é verdadeiro, sublime, profundo!

Não fique triste por muito tempo ou não conseguirá enxergar quando o amor passar por você de novo. Vai que é o da sua vida! Se deixá-lo ir nunca saberá o que perdeu.

Mas fique um pouquinho triste, pois é de direito curtir uma fossa por um coração quebrado.

Contudo, depois disso tudo, não se esqueça. Amigos, são para essas horas. E voce fez um monte neste final de 2007, que estão aqui, ainda, em 2008.

Um abraçãozão-amigo a você, Alex! E muitas boas vibrações para que este coração seja consertado brevemente! :)

Anônimo disse...

Eu amo você, migo...
E meu amor é sincero.
Bjs.

Jaya Magalhães disse...

Oi Alex,

Teu texto é de uma sinceridade tamanha que chegou a me assustar. Acredito piamente que só quem já passou por determinadas situações podem explaná-la por ângulos que outros não conhecem, e por vezes imaginam não existir.

Relacionamento a dois é uma das áreas mais passíveis de problemas. E tudo “culpa” do amor, que ao mesmo tempo que nos leva ao céu, de repente termina por nos empurrar a profundidades tamanhas e inimagináveis.

É aí então que entra a história do amor próprio. E acho que enquanto não descobrirmos o nosso, não trabalharmos isso em nosso ser, de todos os lados e avessos existentes, não estaremos preparados para amar alguém, para se doar e pra saber dosar toda e qualquer reciprocidade.

Então, eu desejo que tudo se renove por aí. Porque coração, apesar da sensibilidade exagerada, é extremamente capaz de dar a volta por cima e aprender a caminhar de novo.

Nunca é tarde demais. Espero sinceramente que você acabe por entender isso e fique bem.

Um beijo.

-Agora vou ler os outros posts, que eu tô meio por fora das coisas por aqui. :)