...parece que quando dizemos "mudei" tudo se transforma. E é claro que não é bem assim. Pra nós. Pros outros. Masss a cobrança está lá e só aumenta. Por quê? Simples: porque nós - e também os "outros" - desejam que cumpramos com as nossas obrigações diárias e, dentre elas, estão as nossas (malditas) promessas. Nem incluo aqui as tais que fazemos no final do ano às 23:57 do dia 31 de dezembro. Ou mesmo aquelas que reiteramos durante janeiro inteirinho e que, assim como as férias - e o carnaval... - terminam em março. Falo das GRAAANDES promessas. Dessas que, com caps lock, exagero e tudo mais, são capazes de modificar as nossas vidas pra sempre pra sempre pra sempre pra sempre......... e o eco torna-se tão intenso que, realmente, acreditamos nisso tudo. Eu já jurei várias e várias coisas por várias e várias vezes pelos maiores e menores motivos... Se já deixei de cumprir algumas? Bom, deixo o meu orgulho de lado e digo que: sim, já deixei. Mas claro... afinal de contas, somos todos seres humanos, certo? Errado. Pelo menos pra mim. Não deixo de cumprir as minhas promessas que envolvam os outros - e isso engloba trabalho, amizades, amores, colegas, familiares, encostados ou qualquer outra coisa do gênero... Massss quando chega a minha vez... ah, é aí que o bicho pega, pois sempre me vejo "descumprir" quase tudo aquilo que eu um dia prometi, jurei de dedos cruzados de escoteiro que jamais faria (ou, por outro lado, que faria o quanto antes...). Bem, como nunca fui escoteiro, acho que posso me dar esse crédito. Sim, posso, eu sei. Mas acho também que não posso mais ficar me enganando. Aprendi a certo custo como dizer "não" pra muitas situações e pessoas - e talvez seja por isso que, quando prometo algo a elas, cumpro. Porém, comigo mesmo a banda toca diferente, assim meio fora de tom e desafinado, e eu vivo tropeçando nas cascas de banana que planto pelo meu caminho. Não, ninguém me disse que era fácil mudar. Eu que me prometi, jurei que seria outro e... Bom, nada muito feito até então. Também não tô frustrado, não é pra tanto. Percebi apenas que querer muito algo não significa obter esse algo, mesmo que pra tal nos prometamos certas coisas... Por isso não quero mais me prometer nada, coisa alguma que seja. Ao contrário: quero fazer tudo pra mim sem o peso das cobranças de um "eu juro". Meu. Dos "outros". De quem quer que seja. Não é ser egoísta, e sim ser eu-mesmo. Assim como tô ou diferente, quem sabe. Quem sabe? Ninguém. Não é fácil. Não é difícil. Amanhã começo. Prometo... oops, fiz de novo... e quem disse mesmo que era fácil?...
..."mas prometer algo a si mesmo é estar fadado à traição"... (incrível como a gente escreve as coisas e nem se dá conta da verdade delas...)...
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...a querida Eury, lá do seu "Igualdade na diferença", me mandou um elo de uma corrente super bacana. Pelo que entendi, eu tenho de "eleger" 12 palavras da nossa riquíssima língua portuguesa que me soem interessantes, diferentes, bonitas ou que simplesmente me chamem a atenção... Bom, vamos lá (ah sim: a ordem em que aparecem não quer dizer nada...):...
...melancolia...
...liquidez...
...melífluo...
...fluido...
...paralelepípedo...
...conquanto...
...borboleta...
...girassol...
...esperança...
...tristonho...
...taxonomia...
...esverdeado...
...como essa corrente é super gostosa, passo a quem quiser respondê-la. Ai, tenho certeza de que vou querer mudar tudo assim que postar...rs...
- música do post: "o quereres", Caetano Veloso
5 comentários:
Suas palavras são sensatas.
=)
Olá, Alex, peço desculpas por não comentar direito no blog.
Descobri que agora não tenho mais um, porém seis carrascos que se auto-intitulam professores na faculdade. Juntando à montanha de trabalhos que eles deram, também estou correndo para terminar de preparar um de meus livros para uma possível publicação. Infelizmente, digitação não é o meu forte e assim, estou "cortando um dobrado" para terminar tudo até, no máximo, sexta-feira desta semana.
Por isso, prometo que assim que este martírio terminar - o que provavelmente será na bendita sexta-feira -, voltarei com força total, não apenas lá, no Dominus, mas também nos comentários aqui no seu cantinho.
Estou morrendo de saudades dos seus textos e espero que compreenda o momento "deadline' que vivo.
Um abração, Carioca, e até mais!
P.S.: Dizem que o maior prazer que se tem na vida é quebrar as promessas que fazemos a nós mesmos. Por exemplo, quando prometemos nunca mais nos apaixonarmos de novo. É sempre um prazer quebrar esta promessa e arriscar-se mais uma vez, não? :)
Rapaz, você pode não acreditar, mas eu acho que sou o único ser humano que nunca fez promessa alguma. Pelo menos, pra mim mesmo. Sou adepto do "acaso", sabe como é? Tudo que consegui de bom na vida foi "ao acaso". Nunca me preocupei em traçar objetivos, essas coisas que os autores de livros de auto-ajuda nos dizem pra fazer. Bom, continuo vivo, com um salário que dá pra pagar o condomínio, e um amor no coração. Que veio assim, "ao acaso" hehehe!!! Grande abraço!!!
eu faço algumas promessas sim e cumpro boa parte delas.. =)
acho que devemos prometer que vamos tentar.. pq assim se der certo ou não pelo menos tentamos..rs
Issoooo
Não promete mais não...
Deixa as coisas acontecerem,
Ah, e as palavras... o que danado é melífluo... ? kkkkkkk
=*
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