...outro dia li uma mensagem pessoal no messenger de alguém que dizia mais ou menos o seguinte: “o amor é de verdade; as pessoas é que são mentira...”. Aparentemente profunda, a frase não deixa de ser uma vulgarização do conceito de amor platônico que, vamos combinar, cada vez mais tem sido confundido e mal-interpretado como uma modalidade de amor solitário, um tanto quanto egoísta. Nem me interessa ficar aqui discutindo tal ou qual foi a intenção da pessoa em usar essa frase, até porque ignoro se extraída de alguma letra de música da modinha (certamente que não literária, de tão pouca literatura...). Enfim, o que me chamou a atenção e atiçou a curiosidade vai por outro caminho: o fato de as pessoas, assim, de uma maneira geral, falarem e, vá lá, cantarem tanto sobre o amor, muitas vezes querendo dizer – ou mostrar – com isso, que se importam com o Amor. Assim, grandão, com letra capital, o que lhe confere ar muito sisudo e envolve considerações circunspectas tais que tolhem a maioria – e daí as frases feitas e as filosofias prontas de porta de banheiro de botequim... O que quero dizer com isso? Provavelmente nada demais. Não estou filosofando, nem talvez mesmo divagando, pois que pra filósofo não levo jeito e a divagação não assumiria certamente tons tão gramaticais... Seria uma crítica, se em última instância tivesse de classificar esse post. A quê? Bem, talvez à mania que toma conta dos corações e mentes quando se está sozinho. Diz-se de tudo, promete-se mundos e fundos, todos em faturas que não serão pagas terminado o mês (ou a crise existencial, o que ocorrer primeiro). Ao que parece, todos têm interesse apenas na satisfação pessoal de seus desejos. Amor Amor? Que nada... o negócio é mesmo aproveitar. E por aí emerge uma corruptela de Platão, bem simplificada, é claro: o que importa, na verdade, não é amar o outro ou mesmo as suas qualidades, tampouco o amor em si, e sim a saciedade de um impulso qualquer. Psicanálise? Se for, Freud certamente explica. E, tudo bem, pode ter sim uma boa pitada de despeito nisso tudo, mas que não se confunda com inveja, pois que eu também vivo nesse mundo de linhas tortas... Se é cada um por si agora, o que se há de fazer? Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia. A citação, já em si truncada, daria pano proutro texto. No entanto, fico por aqui e o papo assim desvanecendo feito considerações metafísicas de segunda ordem...
PS: aff, mas que post metido...
- música do post: “saúde”, Rita Lee
Um comentário:
alexxxxxxxxx
quanto tempoooooooooo
meninooooooo
hehehe
tava com saudades das tuas filosofias hehehehe
=)
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